Resumo de Gênesis 28 e 29

Resumo de Gênesis 28 e 29

Resumo de Gênesis 28: A luz de todo o acontecimento, Isaque claramente confirmou a bênção que ele, sem ter tal intenção a princípio, concedeu a Jacó (28.4). Nada menos que o assassinato de seu irmão, pairava na mente de Esaú, contudo ele se abstinha de cometer tal coisa enquanto seus pais ainda estavam vivos. Não havia outra escolha para Jacó senão a de abandonar aquela terra, não de forma precipitada, mas numa aventura que seus pais tinham consentido. Há boas razões para se acreditar que Jacó estava de fato arrependido de seu delito, no tocante a assegurar a bênção de seu pai. Por esta razão, Deus apareceu a ele com graciosa promessa de segurança e proteção, no conhecido incidente de Betei, marcado pela subida e descida de anjos por uma escada. Eles serviram como símbolo da providência e proteção de Deus, e serviram como conforto a um pecador solitário, com saudades da família e penitente. Jacó não tinha compreendido que a providência de Deus se manifestaria a si mesma no cenário familiar do lar ancestral. Ele nunca tinha compreendido plenamente o significado da onipresença de Deus. As palavras do voto (v. 20ss.) não são expressões de barganha mercenária de um homem astuto e calculista, que procura seus próprios interesses. Jacó está meramente reiterando a promessa que o Senhor acabara de lhe fazer (v. 15). Jesus se refere a esse incidente de uma maneira que mostra que a passagem prefigurava sua própria comunhão íntima com seu Pai celestial (Jo 1.51). Ainda é preciso notar que Jacó fez votos de estabelecer um santuário para marcar o local de sua memorável experiência.


Resumo de Gênesis 29: Um dos mais encantadores romances bíblicos é apresentado no início deste capítulo. Próximo daquele poço aconteceu o amor à primeira vista. Ver sete anos passar como se fossem sete dias mostra um homem em profundo amor. Neste ponto, toma-se óbvio que Labão é um amigo astuto, que busca vantagem e interesse próprio, e que vai em breve acabar sem nada. O astuto Jacó tem um sogro mais astuto. Eles estão continuamente competindo em esperteza. Aquele, que enganou seu irmão tão sutilmente, precisava aprender o que significa ser enganado. A retribuição divina trabalha para corrigir a inclinação caprichosa de Jacó. Apesar de toda a astúcia dos homens, o Todo-poderoso mantém a situação totalmente sob seu controle. A providência divina governa sobre a astúcia e a esperteza humana. Há um outro lado desagradável a ser considerado. Jacó se tomou bígamo. E claro que foi mais por acidente que por desígnio. Em nenhum lugar na narrativa, há uma palavra de censura sobre a bigamia de Jacó, mas a seu próprio modo o registro sagrado mostra como tal situação poderia vir a ser pecaminosa e nociva. Ela resultou em intrigas familiares e disputas mesquinhas, com perda da disciplina familiar e ciúmes mesquinos; de fato, uma atmosfera inteiramente nociva. É óbvio que os valores espirituais foram empurrados para o segundo plano sob tais circunstâncias. Ao lado disto, em maior escala, as tensões foram aumentando entre as famílias de Jacó e Labão. A desconfiança e cumplicidade multiforme estavam na ordem do dia, até que a situação se tomou insuportável. Jacó teve de deixar a Mesopotâmia e retomar para a terra da Promessa. Ele recebeu a aprovação divina para retomar. A providência era capaz de tirar algum bem dos caminhos perniciosos dos homens. Deveria ser notado que os dados pelas mães, aos doze filhos de Jacó, indicavam que uma centelha de fé ainda estava ardendo abaixo da superfície.