Interpretação de Levítico 1 e 2
COMENTÁRIO
I. Como Alguém
Se Achega a Deus. 1:1- 16:34.
A. As Leis do
Sacrifício. 1:1 - 7:38.
1) Regras
Gerais. 1:1 – 6:7.
Interpretação
de Levítico 1
a) Introdução.
1:1, 2.
1. Chamou o
Senhor a Moisés. O
ambiente está explicado em Êxodo 40. Deus fala a Moisés da tenda da
congregação, 'ohelmo'ed, "tenda da reunião", isto é, no
lugar onde Deus se encontra com o Seu povo. Este não era um lugar de reunião no
sentido da posterior sinagoga, pois só os Sacerdotes e levitas tinham permissão
de se aproximar dele.
2. Oferta. O hebraico qorbein,
vem da raiz qrb, "aproximar-se". É aquilo com que alguém se
aproxima de Deus. Um homem trazia alguma coisa como preparativo para se
apresentar diante de Deus. O que estas ofertas eram está explicado nos capítulos
de 1 a 7.
b) Ofertas
Queimadas. 1:3-17.
3. Se a sua
oferta for holocausto. O holocausto ou oferta queimada ('olei)
podia consistir de uru grande animal macho, beiqeir (v. 3), ou de um
animal pequeno, sob (v.10). O pensamento central aqui é que nem o ofertante
(cons. caps. 13; 14) nem a oferta podiam ter defeito. A oferta era trazida para
que ambos, oferta e ofertante, fossem aceitos por Deus. Levítico (Comentário
Bíblico Moody) 5
4.
E porá a mão. No
hebraico (seimak yeido) implica em pressionar com força a cabeça do
animal. Não conhecemos todo o ritual envolvido, mas a intenção era
provavelmente a de mostrar a energia física e mental envolvida na
transferência, e no que ela implicasse. O propósito final era a expiação ou
cobertura (kapper) do pecado.
6. Ele
esfolará. Depois
que a vítima era sangrada, o ofertante tirava-lhe a pele e a dividia pelas
juntas. Em prática posterior (II Cr. 29; 35) os sacerdotes e os levitas é que
esfolavam a carcaça.
10. Sua oferta...
de gado miúdo. Não
eram só os animais grandes que podiam ser usados mas também os pequenos, isto
é, carneiros ou cabritos. O mesmo ritual devia ser observado pelo ofertante e
pelos sacerdotes. Acrescenta-se aqui que o animal devia ser morto no lado
setentrional do altar.
14. A pequenez das
aves exigia algumas alterações no ritual usado com os animais maiores. O ritual
foi manejado somente pelo sacerdote.
17. Aroma
agradável. Deus
achava bom o aroma, isto é, ele Lhe agradava.
Interpretação
de Levítico 2
c) Ofertas de
Manjares. 2:1-16.
1. Oferta de
manjares. A
palavra hebraica minhei aqui usado significa "um presente", e
algumas vezes, "tributo". Quando usado em relação a um sacrifício,
pode indicar tanto um animal como oferta de cereais (como no caso de Abel e
Caim., Gn. 4). Comumente significa uma oferta de cereais (em espiga), farinha
fina ou alimento cozido. A oferta de farinha fina, solet, era misturada
com azeite, incenso e sal.
3. O que ficar.
Depois
que os sacerdotes queimavam a flor de farinha no altar, o que sobrava era deles.
Era queimada como um memorial. 'azkarei – para que Deus fosse lembrado
(cons. Atos 10:4).
4-10. Oferta. É o hebraico qorbein
(cons. 1, 2). Esta oferta podia ser assada no forno, numa assadeira (mahabat,
v. 5), ou numa frigideira (marheshet, v. 7). O que sobrava depois da
cerimônia era para alimentação do sacerdote.
11. Nenhuma
oferta de manjares... com fermento. O manjar era feito sem fermento. O uso
do mel também não era permitido. Fermento e mel, ambos são sujeitos à
fermentação. O fermento como sinal de corrupção era usado nas ofertas sobre os
altares pagãos. Só as ofertas feitas aos sacerdotes (7:13,14) podiam conter
fermento.
12. Primícias. O re'shit,
"primeiros" (frutos), aqui contrasta com o bikkurim do versículo
14. Ambos significam o mesmo. O primeiro não devia ser oferecido sobre o altar,
enquanto aquele que está mencionado no versículo 14 era queimado sobre o altar.
13. Toda oferta...
temperarás com sal. O
sal era considerado uma preciosidade no Oriente Próximo da antiguidade. Era
considerado um acessório necessário ao alimento oferecido a Deus como também
usado pelo homem.
14. Espigas
verdes... grão esmagado. O grão, tanto na espiga como debulhado (geres
karmel) era tostado e oferecido como um memorial, ficando o restante para
os sacerdotes.